Dos primórdios aos dias atuais: o que saber sobre a evolução do samba?

O samba é um ritmo tipicamente nacional, o qual nos presenteou com canções que atravessam gerações. Mas o que você conhece sobre a evolução do samba e pagode?

Ao longo das décadas, esse é um ritmo que passou por muitas transformações; e, portanto, faz parte da história do povo brasileiro.

Então, aumente o som e aceite o nosso convite para essa viagem histórica!

Além disso, entenda os principais acontecimentos que marcaram a evolução do samba e pagode!

Evolucao do samba
Foto: http://danyaellopes.com.br/evolucao-do-samba/

A evolução do samba nas suas respectivas décadas

Década de 1910

As primeiras manifestações de samba datam da década de 1910, por exemplo, quando os baianos da Cidade Nova se reuniram para cantar e dançar.

Enquanto gênero musical, o samba recebe influências do batuque, do lundu ou da polca e chega a ser associado ao maxixe. Nessa década, por exemplo, foi composto o inesquecível “Pelo Telefone”.

Década de 1920

Na década de 20, chama a atenção a migração de ex-escravos para os morros do subúrbio carioca, especialmente no Bairro da Estácio.

Assim, observa-se um movimento para a criação de um samba menos festeiro, em que o ato de desfilar acaba se sobrepondo à dança como motivação principal.

Perseguidos pela polícia, eles resistem e acabam fundando a primeira escola de samba, batizada de “Deixa Falar”. Ainda nessa década, constam os registros da criação dos primeiros blocos, em 1926, por exemplo.

Década de 1930

Na década seguinte, enquanto os negros conquistam o reconhecimento pela criação do samba, o ritmo se populariza, ganhando a simpatia de compositores brancos de classe média. Por decreto assinado pelo então presidente Vargas, os artistas de samba passam a receber cachês por suas apresentações. A essa altura, os desfiles de escola de samba são oficializados. Trata-se de um período inspirador, uma vez que os compositores se veem diante do desafio de incrementar o repertório carnavalesco.

Faz-se tal missão com maestria, visto tamanha a quantidade de sambas clássicos escritos nesse período, como Palpite Infeliz, de Noel Rosa (1940).

Década de 1940

Por um tempo, predominam as letras que exaltam o nosso país, como em “Aquarela do Brasil”, predominaram.  Enquanto escolas de samba crescem lentamente, destaca-se a popularização das músicas de carnaval, impulsionadas pela divulgação na Rádio Nacional. Acompanhando essa tendência, a maioria dos compositores incluiu em sua discografia um trabalho dedicado ao carnaval, cujo repertório era uma mescla de sambas e marchinhas. Nesse período, Mário Lago e Ataulfo Alves compuseram “Ai que saudades da Amélia”.

Década de 1950

Nos anos que se seguem, ganham espaço as canções que tratam de amores não correspondidos, em um estilo batizado de samba canção romântico, enquanto o samba tradicional fica um tanto restrito ao carnaval. Sobre essa nova tendência, os grandes nomes se dividem: Dorival Caymmi é um dos que aderem ao samba romântico, enquanto Ary Barroso defende que “samba, para ser samba, tem que ter telecoteco”. No último ano desta década, Dolores Duran faz sucesso com “A Noite do meu Bem”.

Década de 1960

Os anos 1960 são marcados por uma “revolução” provocada pelas batidas do violão de João Gilberto, um dos precursores da bossa nova, um ritmo que transcende fronteiras com sucessos mundiais, como “Garota de Ipanema”, de Tom e Vinicius. Simultaneamente, o samba tradicional volta a ganhar força apostando na retomada de grandes nomes, como Nelson Cavaquinho e Cartola. Mas não somente eles: nessa mesma época, novos talentos começam a se destacar. Fazem parte dessa geração nomes como Nara Leão e Paulinho da Viola.

Neste mesmo período, em 1961 aconteciam rodas de samba do bloco carnavalesco Cacique de Ramos, que é situado no bairro de Ramos.

O bloco carnavalesco era comandado pelos irmãos, Bira Presidente, Ubirany e o  Sereno.

 

Década de 1970

Nos anos 70, as escolas de samba se agigantam, mesmo enfrentando a resistência de grupos conservadores, mais apegados a velhas tradições. Até então compositor, Martinho da Vila assume o microfone e faz sucesso como intérprete. Destaca-se ainda a mudança na carreira de Clara Nunes, que até aquele momento cantava boleros. Ela passa, então, a dividir espaço com Beth Carvalho, conhecida por sua participação em festivais.

Década de 1980

Durante os anos 80, o termo pagode adquire um novo significado: de uma espécie de festa com samba, transforma-se em um ritmo que agrega elementos como banjo, tantã e o repique de mão.

Respectivamente, graças ao Almir Guineto, Sereno e Ubirany, esses três grandes músicos inovam as batucadas das rodas de samba que foi introduzido no ritmo do samba & pagode.

E ali surge o maior grupo de samba de todos os tempos, o Grupo Fundo de Quintal, onde criou  uma nova sonoridade para o gênero mais brasileiro o samba e pagode.

Apadrinhados pela cantora Beth Carvalho, a “Madrinha do samba”, apresentou o grupo para o Brasil, trazendo novamente a cultura dos pagodes com uma batucada diferenciada.

Nesta década também, merece destaque a abertura da  Passarela do Samba, na Marquês de Sapucaí (RJ) em 1984, para onde os desfiles haviam sido transferidos seis anos antes.

Década de 1990

Oriundos do Cacique de Ramos, os sambistas em carreira solo ganham ainda mais importância no cenário musical, com destaque para o nome de Martinho da Vila. Paralelamente, representantes do pagode romântico ganham a plateia e lotam seus shows. São os casos dos grupos Raça Negra, Só Pra Contrariar e Grupo Exaltasamba, por exemplo. Também ganha força o termo “samba de raiz”, num movimento para resgatar antigas tradições. Em 1991, inaugura-se o Sambódromo do Anhembi, em São Paulo. Seis anos mais tarde, a escola de Samba Viradouro com o Mestre Jorjão realiza a paradinha em ritmo de Funk no carnaval Carioca.

Década de 2000

A década de 2000 é marcada pela parceria entre nomes consagrados e novatos. Embalada pela conquista do pentacampeonato mundial de futebol, “Deixa a Vida Me Levar” se torna um dos principais sucessos da discografia de Zeca Pagodinho.

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A Apito de Mestre

Fundada em 2009, a Apito de Mestre nasceu com a missão de reverenciar o samba show e outras manifestações tipicamente brasileiras, como o chorinho, o samba-raiz, bossa nova ou o grupo de samba e pagode. Por meio da nossa bateria de escola de samba, treinamentos, atividade vivencial, entretenimento e outros shows nós também desmistificamos alguns dos principais mitos sobre esse ritmo.

Deseja conhecer melhor o nosso trabalho? Inscreva-se em nosso canal no Youtube para assistir a algumas de nossas apresentações inesquecíveis. Até a próxima!

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